Obesidade é definida pela organização mundial de saúde como uma acumulação excessiva de gordura, que pode colocar em risco a saúde.
A obesidade é finalmente reconhecida como uma doença (com diminuição da duração e qualidade de vida), e não mais como uma mera preocupação estética ou um defeito de carácter.
A obesidade nos adultos, é definida por uma medida simples (IMC), calculada entre o peso e a altura de um indivíduo. Considera-se Obesidade, a presença de um IMC (Índice de Massa Corporal) acima de 30 kg/m2.
O excesso de peso e a obesidade são a 5a causa de mortalidade a nível mundial. Estima-se que todos os anos 2.8 milhões de pessoas venham a morrer como consequência da obesidade.
A OMS estima que em 2008 existiam cerca de 1.4 mil milhões de pessoas em todo o mundo com excesso de peso e 500 milhões de pessoas com obesidade (cerca de 10% da população mundial). Em Portugal, cerca de 40% da população tem excesso de peso e estima-se que cerca de 1.5 milhões sejam obesos.
A obesidade é uma doença multifactorial, causada pelo excesso alimentar e sedentarismo, mas tem também uma predisposição genética e alterações do metabolismo. No fundo, a obesidade é um desequilíbrio entre o consumo energético e o gasto energético e desenvolve-se se a pessoa ingerir mais calorias do que as que gasta. Cerca de 2/3 das calorias gastas por cada indivíduo dependem da sua taxa de metabolismo basal e é variável de pessoa para pessoa.
A perda de peso só é possível se a pessoa ingerir menos calorias do que as que gasta. Para isso, será necessário diminuir à ingestão calórica (o que tem a consequência de diminuir a taxa de metabolismo basal) e aumentar o gasto energético (aumentar a actividade física).
As doenças e problemas de saúde mais frequentemente associados são:
Cerca de 20-25% da população mundial é afectada pelo síndrome metabólico, que é uma acumulação de factores de risco cardiovasculares.
As pessoas com Síndrome Metabólico têm maior probabilidade de desenvolver diabetes, doença cardíaca e acidentes vasculares cerebrais.
Para o diagnóstico de Síndrome Metabólico é necessário a presença de três dos seguintes factores de risco:
A presença de gordura na região abdominal (obesidade tipo andróide ou “em maçã”) aumenta o risco cardiovascular de forma mais significativa do que a obesidade acumulada nos tecidos periféricos (coxa e anca, mais típico das mulheres – obesidade ginecóide ou “em pêra”).
Os triglicerídieos são uma forma de gordura (ácidos gordos) que se encontram em circulação na corrente sanguínea e são dependentes da gordura ingerida na alimentação e do metabolismo da gordura depositada no tecido adiposo e no fígado.
O colesterol HDL (“bom colesterol”) é uma forma de colesterol que ajuda a remover o colesterol depositado nas artérias. Um nível baixo de colesterol HDL significa que existe menos circulação do colesterol total e este pode depositar-se em locais impróprios como a parede das artérias. O colesterol HDL aumenta com o exercício físico ou após a cirurgia metabólica.
A tensão arterial é a pressão exercida pelo sangue ao circular nas artérias, após ser bombeado pelo coração. Se a pressão arterial se mantiver elevada durante períodos prolongados, isto pode levar à lesão da parede arterial, ao crescimento da placa de ateroma e à sua ruptura, que poderá ser responsável por enfartes ou acidentes vasculares cerebrais. Por outro lado, a existência de placas de ateroma (calcificação da parede da artéria), faz com que a artéria esteja mais endurecida e tenha uma menor acomodação do sangue circulante, o que se traduz num aumento da pressão arterial.
A resistência à insulina traduz-se por um aumento dos valores de glicose (açucar) no sangue. Este poderá ser um sinal precoce do desenvolvimento da diabetes. O aumento da glicose no sangue, leva a um aumento da produção de insulina, que por sua vez leva a um aumento do “stress” sobre o pâncreas, esgotando a sua capacidade funcional. Por outro lado, o aumento de insulina em circulação, parece estar associado ao desenvolvimento da esteatohepatite não alcoólica (hepatite “gorda”), à progressão da doença cardiovascular e ao desenvolvimento de alguns tipos de cancro.
A Diabetes Mellitus tipo 2 é uma doença que se traduz pela presença de uma elevada concentração de glicose (açúcar) no sangue.
Isto acontece porque o organismo não produz insulina suficiente e porque as células não reagem de forma apropriada à insulina que é produzida. A resistência à insulina durante longos períodos, leva a uma “exaustão” de produção de insulina por parte do pâncreas.
Esta é a forma mais comum da diabetes, estimando-se a sua prevalência em cerca de 9% da população mundial (>500 milhões de pessoas) e prevê-se que, em 2012, cerca de 3.5 milhões de pessoas terão morrido como consequência direta da diabetes. A OMS estima que, até ao ano 2030, as mortes relacionadas com a diabetes irão duplicar. Apenas nos EUA, no ano de 2012, a diabetes foi direta ou indiretamente responsável pelo gasto de cerca de 245 mil milhões de dólares.
O tratamento da Diabetes tipo 2 passa pela alteração do estilo de vida e diminuição do peso. Pode ser controlada medicamente com fármacos que aumentam a produção de insulina ou que diminuem a insulina. Em casos mais graves, pode ser necessária a administração de insulina. A cirurgia metabólica é o único tratamento conhecido que poderá resultar na remissão da diabetes e do síndrome metabólico. A Federação Internacional de Diabetes (IDF), considerando o aumento epidémico e o impacto a nível de saúde pública da obesidade e diabetes, emitiu uma recomendação para que a cirurgia metabólica possa ser oferecida a todos os doentes com diabetes tipo 2 e obesidade, que não consigam atingir um controlo metabólico adequado com terapêutica médica, especialmente perante a existência de outras comorbilidades associadas. Dada a segurança e eficácia da cirurgia bariátrica, deverá ser considerada como tratamento de primeira linha em doentes com diabetes tipo 2 e um IMC superior a 35 kg/m2.
Os sintomas mais comuns da diabetes são:
o diagnóstico da diabetes pode ser feito por um simples doseamento da glicose na circulação sanguínea.
O tratamento da Diabetes tipo 2 passa pela alteração do estilo de vida e diminuição do peso.
Pode ser controlada medicamente com fármacos que aumentam a produção de insulina ou que diminuem a resistência à insulina.
Em casos mais graves pode ser necessária a administração de insulina. A cirurgia metabólica é o único tratamento conhecido que poderá resultar na remissão da diabetes e do síndrome metabólico.
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A Obesidade é definida pela Organização Mundial de Saúde como uma acumulação excessiva de gordura, que pode colocar em risco a saúde.
A obesidade nos adultos, é definida por uma medida simples (IMC), entre o peso e a altura de um indivíduo, sendo considerada Obesidade, a presença de um IMC (Índice de Massa Corporal) acima de 30 kg/m2.
O excesso de peso e a obesidade são a 5ª causa de risco de mortalidade a nível mundial. Estima-se que todos os anos 2.8 milhões de pessoas venham a morrer como consequência da obesidade. A OMS, estima que em 2008, existiam cerca de 1.4 mil milhões de pessoas em todo o mundo com excesso de peso e cerca de 500 milhões de pessoas com obesidade (cerca de 10% da população mundial).
O IMC é calculado pela seguinte fórmula: Peso(kg) / Altura(m)2.
Use o nosso calculador disponível no rodapé do website.
A cirurgia bariátrica (do Grego “baros”, que significa peso) é um termo dado à cirurgia que o ajuda a perder peso. A cirurgia bariátrica não é recomendada para todas as pessoas com excesso de peso ou obesidade. Contudo, pode ser uma opção se você for obeso e não conseguir perder peso por outros métodos. A Cirurgia Bariátrica é o tratamento disponível mais eficaz para o tratamento da Obesidade Mórbida e é o único que está associado a perdas de peso significativas, duradouras e a uma reversão eficaz das doenças associadas à obesidade. Além do mais, é o único tratamento que está associado com uma diminuição do risco de morte (por todas as causas).
Mais recentemente, surgiu o conceito de Cirurgia Metabólica, em que além do tratamento do excesso de peso, os objectivos da Cirurgia passam pelo controlo (ou cura) das doenças metabólicas associadas à obesidade (ex. Diabetes Mellitus tipo 2, Dislipidemia, Hipertensão Arterial).
A cirurgia bariátrica e metabólica é recomendada para pessoas com:
Deve ter em atenção que compreende os riscos e benefícios da cirurgia para perda de peso. Deve estar motivado e preparado para efectuar alterações duradouras no seu estilo de vida, na forma como se alimenta e como mantém um peso saudável após a cirurgia. Deve também ser realista acerca do potencial após cirurgia.
Outros pacientes, que não sejam englobados nestes critérios, mas que desejam cirurgia bariátrica e seja considerado vantajoso pela equipa assistente, poderão ser submetidos a tratamento cirúrgico, após avaliação individual.
A maioria dos estudos científicos afirma que sim! No entanto, a patofisiologia (mecanismos que levam ao desenvolvimento) da diabetes ainda não é completamente conhecida. Daí que a ciência médica não possa ter a certeza de cura. O objectivo é colocar a diabetes em remissão, ou seja, com valores de glicose no sangue normais, na ausência de medicação para controlo glicémico. Isto permite evitar ou atrasar a progressão das complicações associadas à diabetes.
Um estudo nosso, publicado recentemente na principal revista científica da área cirúrgica, demonstrou que o Bypass Gástrico, levou a uma remissão do síndrome metabólico em 84% dos doentes operados. Diversos estudos científicos, têm demonstrado que a taxa de remissão da diabetes em doentes obesos após Bypass Gástrico é >80% e que a mortalidade global após cirurgia reduz até 90%. Mesmo em doentes diabéticos não obesos, a cirurgia metabólica poderá ser uma opção, embora com uma taxa de sucesso significativamente menor.
A Cirurgia para tratamento da Obesidade, é um excelente método para potenciar a perda de peso. No entanto, não é isenta de riscos e todo o processo deverá ser preparado com extremo cuidado. Desta forma, é fundamental a avaliação e seguimento por uma equipa multidisciplinar, criada especificamente para o efeito. Antes de se realizar uma Cirurgia, será necessária a avaliação em pelo menos 2 consultas multidisciplinares, que incluem um Nutricionista, um Psicólogo, um Internista (ou Endocrinologista) e um Cirurgião, que irá realizar a cirurgia (Cirurgião Bariátrico).
Pode ter necessidade de trabalhar com estes especialistas durante várias semanas antes da cirurgia.
O nutricionista vai avaliar os seus hábitos alimentares e prepará-lo para as mudanças necessárias após a cirurgia. Também o vai ajudar a perder algum peso antes da cirurgia (o que diminui significativamente o risco operatório).
O psicólogo (ou psiquiatra), vai ajudá-lo a lidar com o “stress” e com outros factores que lhe podem dificultar a perda de peso ou desencadear perturbações alimentares. Também vai avaliar e estimular a sua motivação e capacidade para cumprir o exigente plano pós-operatório.
O internista (ou endocrinologista) vai determinar se precisa de outros exames antes da cirurgia e se existe alguma causa médica, reversível, na base da sua obesidade. Também o poderá ajudar a iniciar um programa de perda de peso antes de ser submetido a cirurgia.
Além de o guiar e acompanhar ao longo de todo o processo (desde a avaliação preliminar até ao seguimento pós-operatório) e de realizar o acto cirúrgico, o cirurgião bariátrico, vai discutir consigo as opções cirúrgicas disponíveis e quais os seus riscos e consequências. Também vai garantir que é um bom candidato a cirurgia e que não existem contra-indicações ou outros motivos que impeçam a realização do acto cirúrgico ou que indiquem um procedimento alternativo.
É fundamental a realização de alguns exames, que permitam excluir causas endógenas de obesidade, diagnosticar patologias associadas, avaliar o risco operatório e escolher a melhor técnica cirúrgica, adaptada a cada situação.
Assim, consideramos fundamental a realização dos seguintes exames:
Claro que sim. O objectivo dos exames é permitirem uma avaliação adequada de cada situação. Desde que a equipa tenha acesso aos seus resultados, estes podem ser efectuados onde quiser, desde que não tenham sido feitos há mais de 6-12 meses.
É nosso objectivo uma avaliação expedita, evitando demoras desnecessárias e mantendo a motivação para o tratamento em curso, mas ao mesmo tempo, evitar tratamentos cirúrgicos precoces, sem que a pessoa esteja devidamente preparada para a adesão à terapêutica e ciente das alterações ao estilo de vida essenciais para o sucesso da cirurgia. Desta forma, não é desejável que o tempo decorrido entre a 1ª consulta e a cirurgia seja inferior a 4 semanas, nem superior a 12 semanas.
É desejável que antes da intervenção cirúrgica o paciente possa efectuar alterações no seu estilo de vida e aderir ao um plano nutricional e de exercício físico adequado. Desta forma, poderá contar com a nossa equipa de Nutrição, Psicologia e Medicina Física, para o apoiar ao longo deste processo.
Após a cirurgia, o paciente deve ter um acompanhamento regular multidisciplinar, de forma a assegurar a adesão ao tratamento e aos protocolos nutricionais instituídos, bem como o fundamental apoio psicológico e a monitorização da evolução das co-morbilidades. Desta forma, preconiza-se que o seguimento multidisciplinar seja efectuado em consulta (Cirurgia, Nutrição, Psicologia e Med. Interna) aos 1, 3, 6, 12 meses de pós-operatório e de 6/6 meses daí em diante.
A avaliação por Cirurgia Plástica, com vista a cirurgia de remodelação corporal é recomendada a partir dos 12 meses, quando é expectável que se atinja o peso estável após cirurgia bariátrica.
A duração da cirurgia e do período de internamento dependem da complexidade cirúrgica e da ocorrência de eventuais complicações. Os tempos estimados para cada uma das técnicas são:
Embora não seja conhecido de forma exacta o risco de uma gravidez imediatamente após uma cirurgia bariátrica, é desaconselhada a gravidez nos primeiros 12 meses após a cirurgia (período em que ocorre a maioria da perda de peso), devido à falta de conhecimento das possíveis consequências para o feto.
A técnica cirúrgica de eleição para o tratamento da Obesidade Mórbida e para o controlo das Doenças Metabólicas é o Bypass Gástrico. No entanto, quer seja por contra-indicações ao Bypass, quer por preferência do doente, poderão ser utilizadas outras técnicas cirúrgicas alternativas. As técnicas cirúrgicas “disponíveis” são:
Consulte a nossa página de opções cirurgicas para informações mais detalhadas sobre cada cirurgia.
Consulte a nossa página de tratamentos – opções cirúrgicas.
Consulte a nossa página de tratamentos – opções cirúrgicas.
Consulte a nossa página de tratamentos – opções cirúrgicas.
O objectivo da cirurgia bariátrica e metabólica é diminuir o risco das doenças associadas à obesidade. Não é uma cirurgia estética e o seu resultado não pode ser medido apenas pela quantidade total de peso perdido. A cirurgia bariátrica, pode ajudá-lo a sentir-se melhor, a melhorar a sua imagem corporal, a reduzir o dinheiro gasto com despesas de saúde e aumentar a sua produtividade no trabalho.
A maioria dos pacientes tem uma perda de peso rápida após a cirurgia e a perda mais rápida ocorre nos primeiros 3 a 6 meses. A maioria dos estudos sugerem que após Bypass Gástrico, é esperada a perda de 70%-80% do excesso de peso; após Banda Gástrica cerca de 50% do excesso de peso e após Sleeve Gástrico, cerca de 60-70% do excesso de peso. Apesar de poder ocorrer algum reganho de peso após alguns anos, a maioria dos indivíduos mantém pelo menos 50% do peso perdido a longo prazo e mantêm-se num estado globalmente mais saudável após a cirurgia. Os valores aqui apresentados são meramente indicativos de valores médios para uma população. Não podemos garantir nenhum resultado para uma pessoa individual e todas as técnicas cirúrgicas têm casos de “sucesso”, com perda de peso de ~100% do excesso de peso e casos de “insucesso”, com perdas de peso <50% do excesso de peso.
A cirurgia metabólica pode melhorar as doenças associadas à obesidade a tal ponto que a diabetes, a hipertensão e a dislipidemia podem não necessitar de mais tratamento farmacológico. A cirurgia pode ainda ajudá-lo a diminuir o risco de desenvolver doenças cardiovasculares (enfarte do miocárdio e acidente vascular cerebral), diversos tipos de cancro, algumas infecções e globalmente o risco de mortalidade a 5 anos.
O seguimento pós-operatório é fundamental para garantir quer o sucesso, quer a segurança da cirurgia bariátrica e deve ser efectuado pela equipa multidisciplinar. Deve existir uma monitorização da evolução das co-morbilidades e uma adequação das medidas terapêuticas. Além das consultas programadas, é recomendada a realização de um perfil analítico (sangue e urina), pelo menos, anualmente.
A prática de exercício físico é fundamental para potenciar os resultados da cirurgia. Por um lado, ajuda de forma significativa à perda de peso; por outro lado, evita a perda de massa muscular. Neste período, a prática de exercício físico deve ser acompanhada por um profissional. A equipa de Medicina Física do HE, está disponível para o ajudar.
Hoje, fazer “ginástica” é uma condição obrigatória para:
Assim, em equipa pluridisciplinar, conseguimos propiciar o conceito de Saúde, isto é, o “bem-estar bio-psico-social” de acordo com a definição da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Por meio do exercício físico, devidamente orientado e acompanhado, conseguimos ficar no meio de um sentimento de plenitude física (interna e externa), psicológica e participativa na Sociedade (Não à exclusão!):
Na Cirurgia Bariátrica, podem ocorrer uma série de complicações, e o seu risco depende do acto cirúrgico em si e dos problemas de saúde que tenha antes da cirurgia. Algumas das complicações mais frequentes no período pós-operatório precoce incluem:
As complicações “médicas” mais comuns incluem os coágulos nas pernas ou pulmões (tromboembolismo), enfarte do miocárdio, pneumonia e infecção urinária.
As complicações podem surgir em qualquer situação e cirurgia e poderão ser tratadas no he+, ou necessitar de transferência para outros hospitais.
O risco de mortalidade após cirurgia bariátrica existe, sendo estimado em cerca de 0,1% (1 em cada 1000 doentes).
Alguns efeitos laterais e complicações que podem ocorrer a longo prazo são:
Algumas destas complicações tardias, podem necessitar de reintervenção cirúrgica para o seu tratamento.
Sim. A dieta após cirurgia bariátrica tem vários objectivos:
A dieta específica e adaptada a cada doente, será da responsabilidade do nutricionista assistente e vão depender da cirurgia realizada, das características de cada doente e do “acordo” entre a equipa assistencial e o doente. No entanto, existem alguns princípios gerais que podem ser aplicados.
A dieta pós cirurgia bariátrica tem, habitualmente, 4-5 fases, para facilitar a transição para uma dieta geral, sem restrições. A velocidade de progressão por estes passos, pode ser variável, de acordo com o tipo de cirurgia efectuado e a adaptação de cada doente.
Habitualmente, cerca de 3 meses após a cirurgia, podem retomar a dieta com alimentos sólidos e firmes. É extremamente importante parar de comer quando se sentir “cheio” ou satisfeito. É possível que desenvolva aversões ou intolerâncias a alguns alimentos.
Deve tentar seguir algumas recomendações dietéticas globais:
Vai levar alguns meses até aprender a “ouvir” o seu corpo e perceber exactamente quando tem fome ou quando se sente satisfeito. É habitual sentir alterações no paladar e na “vontade” de comer certos alimentos. É natural que deixe de gostar de comidas que previamente gostava e que passe a gostar de comidas “novas”. Este processo pode ser frustrante para algumas pessoas, mas o seu nutricionista e psicólogo cá estarão para ajudar.
Habitualmente a maioria do peso, é perdido nos primeiros 12-18 meses após a cirurgia, pelo que deve aproveitar este período ao máximo. Após atingir o objectivo de perda de peso, algumas pessoas são submetidas a cirurgia plástica para remodelação corporal (remoção da pele em excesso).
É possível que algum tempo após a cirurgia (habitualmente após o 3º ano), possa existir um ligeiro aumento de peso. Tem de estar preparado para este facto e atento, para o tentar minimizar.
Antes de ser submetido a uma cirurgia bariátrica ou metabólica, tem de se comprometer consigo em manter uma vida saudável. Isto inclui manter o cuidado com a sua equipa de médicos, efectuar exercício físico de forma regular e manter uma alimentação saudável.
Pode ser difícil desenvolver novos hábitos de vida e aderir ao plano de perda de peso. Terá de se esforçar para conseguir atingir os objectivos. A cirurgia é uma ajuda importante, mas em última análise o poder está consigo!
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